Instrumentos Mágicos

sábado, 10 de novembro de 2007


INSTRUMENTOS MÁGICOS

Assim como em outras religiões, alguns objetos são utilizados em Wicca com finalidades ritualísticas. Tais instrumentos são utilizados para evocar as Deidades, afastar a negatividade, direcionar energia por meio do toque e da intenção.
Alguns instrumentos da Bruxa (a vassoura, o caldeirão e o bastão mágico) assumiram papéis importantes no folclore e na mitologia contemporâneos. Graças à popularização das fábulas e ao trabalho dos estúdios Disney, milhões de pessoas sabem hoje que se utilizam caldeirões para preparar poções e para transformar o feio em belo. A maioria das pessoas, no entanto, ignora a poderosa magia por trás desses instrumentos e seu simbolismo dentro da Wicca.

Para praticar Wicca, devemos possuir ao menos alguns desses instrumentos. Procure tais tesouros em antiquários, lojas de bugigangas, feiras de trocas e mercados de pulgas. Ou então escreva para fornecedores de artigos para ocultismo. Apesar de difíceis de ser encontrados, qualquer esforço é válido para a obtenção de seus instrumentos rituais.

Tais instrumentos não são necessários para a prática da Wicca. Ainda assim, eles enriquecem os rituais e simbolizam energias complexas. Os instrumentos não possuem poderes outros que não os que nós mesmos lhes conferimos.

Alguns dizem que devemos utilizar instrumentos mágicos até que não sejam mais necessários. Talvez seja melhor usá- los enquanto nos sentimos confortáveis com isso.

A Vassoura

As Bruxas usam vassouras em magia e em rituais. É um instrumento sagrado tanto à Deusa como ao Deus. Isto não constitui novidade; no México pré- colombiano uma espécie de deidade bruxa, Tlazelteotl, era representada voando nua sobre uma vassoura. Os chineses cultuam uma deusa das vassouras que é invocada para trazer bom tempo em períodos de chuva. Além disso, provavelmente devido a seu formato fálico, a vassoura se tornou um instrumento poderoso contra pragas e praticantes de magia negra. Quando colocada no chão transversalmente à entrada da casa, a vassoura barra quaisquer encantamentos lançados contra a casa ou seus ocupantes. Uma vassoura sob o travesseiro traz sonhos agradáveis e protege a pessoa.

As Bruxas européias passaram a ser identificadas com as vassouras porque ambas eram associadas à magia pelo conhecimento popular e religioso. As Bruxas eram acusadas de voar em cabos de vassoura, e isso era considerado uma aliança com as "forças obscuras". Tal ação, se pudesse ser praticada, seria realmente sobrenatural, e assim, demoníaca a seus olhos, contrastando com as simples curas e encantos de amor realmente praticados pelas Bruxas. Obviamente, o mito foi criado pelos perseguidores de Bruxas. Alguns Wiccanos afirmam que bruxas "voavam" em vassouras pulando no solo, do mesmo modo como crianças em cavalinhos de pau, para promover a fertilidade dos campos. Acredita- se, ainda, que as lendas de bruxas voando em vassouras eram uma explicação pouco sofisticada para a projeção astral.

Ainda hoje a vassoura é utilizada na Wicca. Um Wiccano pode iniciar um ritual varrendo levemente a área (dentro ou fora de casa) com sua vassoura mágica. Após isso, o altar é preparado, os instrumentos são nele arrumados e o ritual pode assim ser iniciado. (Veja Capítulo 13. Planejamento de Rituais.)

Este ato de varrer é mais do que uma limpeza física. Na verdade, os pêlos da vassoura nem precisam tocar o chão. Enquanto varre, o Wiccano pode visualizar a vassoura eliminando os excessos astrais que surgem onde humanos vivem. Isto purifica a área, permitindo assim melhores trabalhos rituais.

Sendo a vassoura um purificador, ela é associada ao elemento da Água. Assim, é também utilizada em todos os tipos de encantamentos com água, inclusive os de amor e de trabalhos psíquicos.

Muitas Bruxas colecionam vassouras, e sem dúvida sua infindável variedade e os materiais exóticos utilizados em sua confecção tornam este um hobby interessante.

Se desejar fazer sua própria vassoura mágica, pode tentar a velha fórmula de utilizar um cabo de freixo, galhos de bétula amarrados com ramos de salgueiro. O freixo é protetivo, a bétula purificante e o salgueiro é sagrado à Deusa. Obviamente, um galho de qualquer árvore ou arbusto pode ser utilizado no lugar da vassoura (ao cortá- lo, agradeça à árvore pelo sacrifício, utilizando palavras como as contidas na seção "Um Guia Herbáceo" do Livro de Sombras das Pedras Erguidas, Seção III). Pode- se usar também uma pequena vassoura de folhinhas de pinho.

Nos antigos casamentos escravos na América, assim como nas núpcias Ciganas, o casal geralmente pulava ritualmente por sobre uma vassoura para solenizar sua união. Tais casamentos eram comuns até tempos recentes, e ainda hoje casamentos Wiccanos e pagãos incluem um pulo por sobre uma vassoura.

Muitos encantamentos antigos envolvem a utilização de vassouras. Em geral, a vassoura é um instrumento purificador e de proteção, utilizado para limpar ritualisticamente a área de magia ou para proteger um lar ao ser colocada na entrada, sob a cama, em peitoris de janelas ou nas portas.

A vassoura utilizada em magia, como todos os instrumentos mágicos, deve ser reservada para esse único fim. Se desejar comprar uma vassoura, tente encontrar uma arredondada; as vassouras horizontais aparentemente não possuem o mesmo efeito.

Bastão

O bastão é um dos instrumentos mais importantes. Tem sido utilizado há milhares de anos em ritos mágicos e religiosos. É um instrumento de invocação. A Deusa e o Deus podem ser chamados para assistirem ao ritual por meio de palavras e de um bastão erguido. Também é por vezes utilizado para direcionar energia, para desenhar símbolos mágicos ou um círculo no solo, para indicar a direção de perigo quando perfeitamente equilibrado na palma da mão ou no braço de um Bruxo, ou mesmo para mexer um preparado em um caldeirão. O bastão representa o elemento do Ar para alguns Wiccanos, e é sagrado para os Deuses.

Há madeiras tradicionais para a confecção de um bastão, dentre elas o salgueiro, o sabugueiro, o carvalho, a macieira, o pessegueiro, a avelã e a cerejeira. Alguns Wiccanos a cortam com o comprimento da ponta de seu cotovelo até a extremidade de seu indicador, mas isto não é necessário. Qualquer peça relativamente reta de madeira pode ser utilizada; até mesmo uma cavilha comprada em uma loja de ferramentas serve, e já vi bastões maravilhosamente esculpidos ou pintados feitos a partir destas.

A consciência (e o marketing) da Nova Era resgatou o destaque dos bastões. Criações maravilhosas de prata e com cristais de quartzo estão à sua disposição numa vasta gama de tamanhos e preços. Certamente, podem ser utilizados em rituais de Wicca, apesar de os de madeira possuírem uma história mais antiga.

A princípio, não se preocupe com a busca pelo bastão ideal; ele virá até você. Utilizei um pedaço de raiz de alcaçuz como bastão por algum tempo, e obtive bons resultados com ele. Qualquer madeira que utilizar será imbuída com energia e poder. Encontre uma que lhe seja confortável, e pronto.

Incensário

O incensário é um queimador de incenso. Pode ser feito de metal, de forma complexa, como o utilizado pela igreja católica, ou uma simples concha do mar. O incensário é o suporte para o incenso aceso durante os rituais Wiccanos.

Se não conseguir obter um incensário apropriado, confeccione um você mesmo. Qualquer pote ou taça cheio até a metade com areia ou sal funciona a contento. O sal ou a areia absorvem o calor do carvão ou incenso e evita que o pote se quebre. Varetas de incenso também podem ser insertas no sal, e pode- se ainda apoiar os cones em sua superfície.

A utilização de incenso em rituais e em magia é uma arte em si só e por si só. Quando nenhum incenso específico for necessário para rituais e encantamentos, use sua intuição e criatividade para determinar a combinação a ser feita.

Podem ser utilizados incensos em varetas, em cone ou em tijolinhos, mas a maioria dos Wiccanos prefere incenso cru ou granulado, do tipo que deve ser queimado sobre pedrinhas de carvão, disponíveis em fornecedores de artigos para ocultismo. Qualquer um serve.

Na magia cerimonial, por vezes pede- se a aparição visual de "espíritos" por meio da fumaça que emana dos incensos. Mesmo não sendo isto uma característica da Wicca, a Deusa e o Deus podem eventualmente ser vistos na fumaça que se enrola. Sentar- se respirando lentamente enquanto se observa a fumaça pode induzir a estados de transe, que nos leva a estados alterados de consciência.

Rituais Wiccanos, quando praticados no interior de prédios, não serão completos sem um incenso. Ao ar livre, uma fogueira pode substituí- lo, ou mesmo incensos de vareta afixados no solo. Portanto, o incensário é uma importante peça para rituais internos. Para alguns Wiccanos, o incensário representa o elemento do Ar. É geralmente posicionado diante das imagens das Deidades no altar, se houver.

Caldeirão

O caldeirão é o instrumento da Bruxa por excelência. É um antigo recipiente culinário, imbuído em mistério e tradição mágica. O caldeirão é o recipiente no qual ocorrem as transformações mágicas; o cálice sagrado, a fonte santa, o mar da Criação Básica.

A Wicca vê o caldeirão como um símbolo da Deusa, a essência manifesta da feminilidade e da fertilidade. É também um símbolo do elemento da Água, da reencarnação, da imortalidade e da inspiração. As lendas Celtas acerca do caldeirão de Kerridwen tiveram grande impacto na Wicca contemporânea.

O caldeirão é geralmente um ponto central dos rituais. Durante os ritos da primavera, é por vezes cheio com água fresca e flores; no inverno, acende- se fogo dentro do caldeirão para representar o retorno do calor e da luz do Sol (o Deus) vindo do caldeirão (a Deusa). Isto está ligado a mitos agrícolas nos quais o Deus nasce no inverno, atinge a maturidade no verão e morre após a última colheita (ver Capítulo 8. Dias de Poder).

Idealmente, o caldeirão deve ser feito de ferro, apoiando- se em três pés e com a boca menor do que sua parte mais bojuda. Pode ser difícil encontrar um caldeirão, mesmo os menores, mas uma busca cuidadosa em geral nos leva a algum tipo de caldeirão. Algumas lojas por catálogo possuem caldeirões, mas não regularmente. Aconselhase investigar esses fornecedores.

Caldeirões podem ser encontrados em vários tamanhos, desde aqueles com alguns centímetros de diâmetro até monstros com raio de cerca de meio metro. Eu coleciono alguns, inclusive um antigo, reservado para fins rituais.

O caldeirão pode- se tornar um instrumento de scrying (" contemplação") ao ser cheio com água e ter seu fundo escuro observado. Pode também servir como um recipiente no qual preparar as famigeradas bebidas Wiccanas, mas tenha em mente que um fogo forte e muita paciência são necessários para ferver líquidos em caldeirões grandes. A maioria dos Wiccanos utiliza fogões e panelas hoje.

Se tiver dificuldade em encontrar um caldeirão, persista e um acabará materializando- se. Certamente, não há mal em pedir para que a Deusa e o Deus ponham um em seu caminho.

Faca Mágica

A faca mágica (ou athame) possui uma antiga história. Não é utilizada como instrumento de corte na Wicca, mas sim para direcionar a energia gerada durante ritos e encantamentos. Raramente é utilizada para invocar ou chamar as deidades, pois é um instrumento de comando e manipulação de poder. É melhor chamar pela Deusa e pelo Deus.

A faca é geralmente cega, normalmente de fio duplo e com um cabo preto ou escuro. O preto absorve poder. Quando utilizada em rituais (ver O Livro de Sombras das Pedras Erguidas) para direcionar energia, um pouco de seu poder é absorvido pelo cabo - apenas uma quantidade ínfima -, o qual pode ser evocado posteriormente. Do mesmo modo, por vezes a energia gerada em rituais Wiccanos é canalizada à faca para uso posterior. Estórias de espadas com poderes e nomes mágicos são bem comuns na literatura mítica, e espadas são simplesmente grandes facas.

Alguns Wiccanos entalham símbolos mágicos em suas facas, normalmente tirados da Chave de Salomão, mas isto não é necessário. Como em muitos instrumentos de magia, a faca se torna poderosa com seu toque e com sua utilização. Entretanto, se assim desejar, entalhe palavras, símbolos ou runas em sua lâmina ou cabo.

Uma espada é por vezes utilizada em Wicca, pois possui todas as propriedades de uma faca, mas pode ser de difícil manuseio em rituais internos devido a seu tamanho.

Graças ao simbolismo da faca, a qual é um instrumento que causa mudanças, é comumente associada ao elemento do Fogo. Sua natureza fálica a associa ao Deus.

Faca de Cabo Branco: A faca de cabo branco (por vezes chamada de Bolline) é simplesmente uma faca prática, de trabalho, ao contrário da puramente ritualística faca mágica. É utilizada para cortar galhos ou ervas sagradas, inscrever símbolos em velas ou na madeira, cera ou argila, e para cortar cordas a serem utilizadas em magia.

Normalmente possui cabo branco para distingui- la da faca mágica. Algumas tradições Wiccanas rezam que a faca de cabo branco seja utilizada apenas dentro do círculo mágico. Isto, obviamente, limitaria sua utilidade. A mim parece que utilizá- la apenas para fins rituais (como colher flores no jardim para serem colocadas no altar durante rituais) confirma o aspecto sagrado desse instrumento e permite, assim, que seja utilizado fora do "espaço sagrado".

Bola de Cristal

Cristais de quartzo são extremamente populares hoje, mas a bola de cristal de quartzo é um antigo instrumento mágico. É extraordinariamente caro, variando de vinte a milhares de dólares, dependendo do tamanho. A maioria das bolas de cristal no mercado atualmente são de vidro, vidro temperado ou mesmo plástico. Bolas de cristal de quartzo genuínas podem ser identificadas por seu alto preço e por incrustações ou irregularidades.

O cristal vem há muito sendo utilizado na adivinhação contemplativa. O adivinho encara fixamente a bola até aflorarem as suas faculdades psíquicas, e imagens, vistas mentalmente ou projetadas no interior do cristal, revelam a informação necessária.

Em rituais de Wicca, os cristais são por vezes posicionados no altar para representar a Deusa. Sua forma (esférica) simboliza a Deusa, assim como todos os círculos e circunferências, e sua temperatura fria (outro modo de detectar cristal genuíno) simboliza as profundezas do mar, o domínio da Deusa.

Assim, o cristal pode também ser utilizado para receber mensagens dos Deuses, ou para armazenar a energia gerada no ritual. Alguns Wiccanos olham fixamente para o cristal para atrair imagens da Deusa ou de vidas passadas. É um objeto mágico tocado pelo divino. Se encontrar uma, guarde- a com cuidado.

Sua exposição periódica à luz da lua, ou o ato de esfregar artemísia fresca em sua superfície, aumentará sua habilidade de ativar nossos poderes psíquicos. Bolas de cristal podem ser o centro de rituais da Lua Cheia.

O Cálice

O cálice é apenas um caldeirão apoiado num pé. Simboliza a Deusa e a fertilidade, e relaciona- se ao elemento da Água. Apesar de poder ser usado para conter água (a qual está constantemente presente no altar), pode também conter a bebida ritual a ser sorvida durante o ritual. O cálice pode ser feito de praticamente qualquer material: prata, bronze, ouro, barro, pedra- sabão, alabastro, cristal e outros materiais.

Pentagrama

O pentagrama consiste, normalmente, em uma peça plana de latão, ouro, prata, madeira, cera ou cerâmica, com alguns símbolos inscritos. O mais comum, e sem dúvida o único necessário, é o próprio pentagrama, a estrela de cinco pontas que vem sendo utilizada em magia há milênios.

O pentagrama foi "emprestado" da magia cerimonial. Nesta antiga arte, era geralmente usado como um instrumento de proteção, ou uma ferramenta para evocar espíritos. Na Wicca, o pentagrama representa o elemento da Terra e é um instrumento adequado à consagração ritual de amuletos, talismãs ou outros objetos. É por vezes utilizado para chamar pelos Deuses e pelas Deusas.

Pentagramas também costumam ser pendurados sobre portas e janelas para agir como protetores, ou ser manipulados em rituais para atrair dinheiro devido à sua associação com a Terra.

O Livro de Sombras

O Livro de Sombras é um livro de exercícios da Wicca que contém invocações, padrões de rituais, encantamentos, runas, regras de magia, e assim por diante. Alguns Livros de Sombras são passados de um Wiccano a outro, normalmente na iniciação, mas a grande maioria dos Livros atualmente é criada pelo Wiccano individual.

Não acredite nas estórias contidas em outros livros de Wicca acerca de um único Livro de Sombras que teria sido passado desde a antigüidade, pois aparentemente cada facção da Wicca declara ser o seu o original, e todos eles são diferentes.

Apesar de até recentemente um Livro de Sombras ser escrito à mão, atualmente versões datilografadas ou mesmo fotocopiadas são comuns. Alguns Wiccanos estão até mesmo informatizando seus livros - criando, como alguns amigos costumam dizer, os "Floppy Discs das Sombras".

Para elaborar seu próprio Livro das Sombras, adquira qualquer livro em branco - disponíveis em lojas de arte e livrarias. Se não conseguir encontrar um, um caderno pautado servirá. Simplesmente escreva nele todos os rituais, encantamentos, invocações e informações acerca da magia que deseja preservar.

Lembre- se: todos os Livros de Sombras (inclusive o da Seção III) são sugestões para rituais, não "escrituras sagradas". Jamais sintase atado àquelas palavras. Na verdade, muitos bruxos utilizam pastas com ferragens, para permitir que alterem a ordem das páginas, acrescentando ou retirando informações de seus Livros das Sombras à vontade.

É aconselhável copiar seus encantamentos e ritos à mão. Isso não só assegura que você leia toda a obra, como também torna mais fácil a sua leitura à luz de velas. Teoricamente, todos os ritos são memorizados (nada é mais perturbador do que Ter de ler ou dar olhadelas constantes no livro) ou criados espontaneamente, mas se desejar ler seus ritos, certifique- se de que as cópias são legíveis à luz bruxuleante do fogo.

Sino

O sino é um instrumento ritual de inestimável antigüidade. O toque de um sino libera vibrações com efeitos poderosos de acordo com seu volume, tom e material utilizado.

O sino é um símbolo feminino e, portanto, normalmente utilizado para invocar a Deusa em rituais. É também tocado para afastar encantamentos e espíritos malignos, para interromper tempestades ou para evocar energias positivas. Sobre estantes ou acima da porta, eles protegem a morada. Sinos são por vezes tocados em rituais para assinalar seções diversas ou marcar o início ou o fim de um encantamento.

Qualquer tipo de sino pode ser utilizado. Estes são alguns dos instrumentos utilizados em rituais de Wicca. Utilizá- los, familiarizando- se com seus poderes e imbuindo-os com sua própria energia, faz com que sua utilização passe a ser natural. Encontrá-los pode ser um problema, mas podemos encarar isto como um teste sobre a seriedade de seu interesse pela Wicca.

À medida que encontra cada instrumento, pode prepará-lo para rituais. Se forem velhos, você deve purgá-los de quaisquer associações e energias; você não sabe quem possuiu o instrumento, nem os propósitos com os quais teriam sido usados. Para começar este processo, limpe o instrumento fisicamente, usando o método apropriado. Quando estiver limpo e seco, enterre-o (na Terra ou num vaso de terra, areia ou sal) por alguns dias, para que as energias se dispersem. Outro método consiste em mergulhar o objeto no mar, num rio ou lago, ou mesmo em sua banheira, após purificar a água com algumas pitadas de sal.

Não arruine uma peça de madeira molhando-a; do mesmo modo, não danifique o acabamento de outro objeto por seu contato com o sal. Use o método mais apropriado para cada instrumento. Após alguns dias, desenterre o instrumento, limpe-o e estará pronto para a magia. Se utilizar o método da água, deixe o objeto submerso por algumas horas e seque-o a seguir. Se desejar, repita até que o instrumento esteja limpo, fresco, novo.

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Wicca - Nomes Mágicos

sexta-feira, 9 de novembro de 2007


Nomes Mágicos
Os praticantes da Wicca, quando realizam o ritual de iniciação na religião, ao se apresentarem aos Deuses, se apresentam com o nome dito "mágico" que será de conhecimento dele mesmo e dos Deuses, se reapresentando com o novo nome.

Mas também "ganham" um novo nome, diferente do apresentado aos Deuses, ao entrarem em um Coven, para ser chamado assim dentro do seu Coven e/ou dentro da comunidade Pagã; e alguns preferem usar um outro nome para ser conhecido entre outros pagãos, diferente dos outros dois, o do Coven e o apresentado aos Deuses.


Alta sacerdotisa

A Alta sacerdotisa é, no entendimento da Wicca, geralmente uma mulher que já alcançou o terceiro grau dentro de um Coven. Em muitos Covens, a Alta Sacerdotisa é a autoridade mais importante lá dentro, onde é dito que sua palavra é lei.
São papéis de uma Alta Sacerdotisa:

Treinar outros praticantes dedicados ao Coven junto ao Alto Sacerdote;
Servir como conselheira e mediadora ao lado do Alto Sacerdote;
Representar a Deusa nos rituais;
"Puxar o Sol para baixo" pelo Alto Sacerdote.

Alto Sacerdote

O Alto Sacerdote desempenha quase que as mesmas funções dentro de um Coven. Dependendo da Tradição, sua autoridade é igual a da Alta Sacerdotisa, em outras, é de certa forma a ela submisso, mas igualmente respeitado.
São os papéis do Alto sacerdote:

Junto com a Alta sacerdotisa treinar outros praticantes dedicados ao Coven;
Servir como conselheiro e mediador, ao lado da Alta sacerdotisa;
Representar o Deus nos rituais;
"Puxar a Lua pra baixo" pela Alta sacerdotisa.

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Wicca - Vestuário


Vestuário wiccaniano

Consiste em uma veste cerimonial chamada de túnica. Muitos rituais são elaborados à noite, e durante o dia nossas vestem acumulam vários tipos de energia que podem atrapalhar o êxito do ritual. Por exemplo, um ritual de introspecção como a visita a alguma deidade, invocação de espíritos, exige um nível elevado de calma e tranqüilidade dependendo de com quem você for tratar. Logo é completamente desaconselhável o uso de vermelho, por exemplo. A túnica é uma simples que cobre a extensão do corpo. Normalmente na cor preta que acumula energia. Já em algumas tradições os bruxos preferem se "vestir de céu", ou seja, ficam nus.

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Wicca - Crenças & Práticas



Há diversas denominações (chamadas comumente de Tradições) Wiccanas. Assim, há uma enorme quantidade de variações sobre as crenças e as práticas Wiccanas.

A prática Wiccana mais comum cultua duas Divindades, a Deusa e o Deus, algumas vezes chamado de Deus Cornífero (do latim: "o que porta cornos"), Deus Verde, Deus Caçador, Deus Criança, etc...

Algumas Tradições, principalmente as denominadas Tradições Diânicas, dão mais ênfase ao culto da Deusa, outras dão ênfase ao Deus e a Deusa como complementos de toda a criação, portanto, em igualdade de condições. Algumas Tradições Diânicas feministas não consideram o Deus. Alguns praticantes discordam dessa posição, dizendo não haver razão para realizar as celebrações ritualísticas mais importantes sem a presença das duas polaridades. Outros praticantes vêem a Deusa como o Todo, sendo assim o Deus apenas uma parcela da Deusa. O importante neste assunto é saber que todas estas Divindades são Pagãs.

A maioria dos praticantes de Wicca, no entanto, não se diz dualista, mas politeísta, às vezes com referências a panteões específicos, como o celta, o grego, o nórdico, dentre outros. Alguns praticantes da Wicca poderiam ainda ser classificados, dependendo de sua Tradição ou crença pessoal, como animistas, panteístas, panenteístas, dentre outras de uma vasta faixa de possibilidades, mas nunca monoteístas. Porém, não vamos confundir quando ouvirmos dizer que a Wicca é de princípio Monista, aonde expressa a crença de que tudo o que há foi criado por uma única divindade, no caso da Wicca, a Deusa. Os Panteões mais tradicionais na Wicca são os europeus, por terem sido o berço da "Arte dos Sábios" ou da "Antiga Religião".

Os ritos da Wicca reverenciam a ligação da vida dos praticantes e das Divindades com a Terra. Essa reverência se expressa, principalmente, através de rituais cuja liturgia celebra as lunações e as mudanças das estações do ano. Sem esquecer a crença da reencarnação dentre os Bruxos Wiccanianos.

Os praticantes de Wicca realizam rituais em honra à Deusa nas noites de Lua Cheia. Esses rituais são normalmente denominados Esbats. Algumas tradições chamam também de Esbat rituais realizados nas demais fases da lua.

Estes ritos são celebrações onde se acredita que a Deusa Sábia desce até a Suma Sacerdotisa através do rito de "Puxar a Lua", sem tomar seu corpo, e através dela revela a sua sabedoria.


Casamento de bruxos em Averbury, Inglaterra (Beltane 2005)
O culto à Deusa pode ser feito a um dos aspectos do divino feminino:

A Donzela, que representa a pureza feminina, o vigor, a inocência e a sedução (Lua Nova e Crescente);
A Mãe, fonte da vida e protetora (Lua Cheia);
A Anciã, velha e sábia, conhecedora dos maiores mistérios da vida e da morte (Lua Minguante);
A Ceifadora, seu lado escuro e destruidor (Lua Negra).

Vale alertar que não há entidade que represente o "mal supremo" na Wicca. Todos os Deuses têm a polaridade bem/mal e a sabedoria para usar.

É prática corrente na maioria das tradições comemorar anualmente oito festivais sazonais, chamados de Sabbats. Eles marcam a passagem do tempo no calendário solar e costumam seguir a seguinte ordem:

O ano se inicia em Samhain (lê-se: soul-êim), quando o Deus, filho e consorte da Deusa, morre;
Depois ele nasce em Yule do útero da Deusa;
Passa sua infância em Imbolc, quando é alimentado pelo seio sagrado da Senhora Sábia, que agora descansa do parto;
Em Ostara é a Deusa Renascida que vem trazendo sua força: ela é a Deusa Infante e ele o Jovem Caçador das Matas;
Em Beltane ele se une à Deusa Donzela, e com ela faz o Grande Rito;
Em Litha ele é o mais poderoso e implacável Senhor da Mata, e a Donzela já se tornou a Sacra Mãe;
Em Lammas ele começa sua rota ao declíneo. Ele é o Deus da Magia, enquanto a Deusa segue seu trilhar para dar a luz novamente ao seu filho;
Em Mabon ele é o Grande Sábio Deus Verde, e está se preparando para sua passagem, enquanto a Deusa começa sua resignação como mãe e mulher que sofre a já perda de seu Filho;
Volta a morrer em Samhain, realizando a grande espiral do renascimento, ou simplismente a Roda do Ano.
Quatro Sabbats, chamados Maiores por algumas tradições, celebram o auge das estações. São eles o Samhain (Outono), Beltane (Primavera), Imbolc (Inverno) e Lammas ou Lughnasadh (Verão). Os demais, chamados às vezes de Sabbats Menores, comemoram Solstícios - Litha (Verão), Yule (Inverno), Equinócios – Ostara (Primavera) e Mabon (Outono).

Há uma grande controvérsia entre os praticantes brasileiros sobre qual a forma mais adequada de escolher as datas dos Sabbats. Vários deles defendem que os Sabbats sejam comemorados nas mesmas datas em que isso é feito no Hemisfério Norte (por exemplo, Yule em Dezembro), enquanto outros defendem a comemoração nas datas em que as estações ocorrem no Hemisfério Sul (Yule em Junho). Praticantes australianos, argentinos, porto-riquenhos, africanos-do-sul e uruguaios comemoram, em sua grande maioria, as datas do Hemisfério Sul.

Alguns chamam a Wicca de religião da Deusa, porque enxergam na Deusa a totalidade. Outros contestam esta afirmação, crendo que em nenhum momento isso se torna verídico, pois a Deusa, por mais poderosa e onipotente que seja, realiza a "Descida" até o Deus do Sub-Mundo, e apenas lá recebe, por intermédio das provações, o conhecimento que precisa para se tornar plena (mitema iniciático). Assim, a Deusa não está completa sem o Deus, nem para portar o conhecimento, nem para realizar o Grande Rito da criação universal, pois apenas dois opostos podem se unir e criar de sua união o Tudo. Há vertentes de Wicca que consideram a Deusa completa em si mesma, e outras que enfatizam a crença e culto na polaridade. Não há posturas certas nem erradas, ambas expressam crenças diversas dentro da mesma religião e cada praticante escolhe a de sua preferência.

Alguns praticantes se reúnem em grupos, denominados Covens, Círculos, Família, Groves ou Clãs, que se diferem em número de participantes, ligação íntima dos praticantes ou até mesmo práticas de Tradições irmãs, enquanto outros trabalham sozinhos e são chamados de "solitários". Alguns solitários, no entanto, se reúnem em "encontros", círculos de estudo ou círculos abertos e outros eventos comunitários como o ESP, o PNT, o EnWicca ou EAB (eventos públicos para pagãos), mas reservam suas práticas espirituais (Sabbats, Esbats, feitiços, culto, etc.) para quando estão sozinhos. Alguns praticantes trabalham em comunidade sem necessariamente fazer parte de um Coven.

É usual que os ritos praticantes sejam realizados no interior de um círculo mágico, que é traçado de forma ritual, após a limpeza e consagração do local, que em geral é realizado em casa ou em pequenos espaços: quartos, salas, quintais, etc, adaptando à modernidade no quesito pouco acesso à um lugar de maior contato com a natureza, e até à falta de segurança. Preces ao Deus e à Deusa são proferidas, a evocação dos Guardiães dos pontos cardeais é realizado, e muitas vezes são feitos feitiços adequados ao rito em condução (o qual é o ponto focal da celebração), e então é realizado o Cone de Poder, que concentra e envia as energias do círculo até o objetivo almejado por todos. Ao final, é tradicional a partilha de pão e vinho em certos rituais e celebrações.

Alguns ritos esquecidos da prática Wiccana estão em ascensão novamente, como os ritos de honra e homenagen ao ancestrais, e, os ritos de passagem, como o banho de prata, o Handcliff, o HandFasting, entre outros.

A maioria dos wiccanos usa um conjunto de instrumentos de altar em seus rituais. Esses instrumentos incluem, dentre infinitos outros, vassouras, caldeirões, cálices, bastões, atames (um espécie de adaga ou punhal, que não é usado para sacrifícios de qualquer espécie), facas (bolline, usada para cortar ervas, flores, e gravar símbolos e velas), velas, incensos, etc. Representações da Deusa e do Deus são também comuns, seja de forma direta, representativa, simbólica ou abstrata, e são mais usados os símbolos do Cálice para a Deusa, que é o símbolo de seu útero, e o Athame para o Deus, que é a representação de seu falo. Os instrumentos são apenas isso, instrumentos, e não têm poderes próprios ou inerentes. Apesar disso, são normalmente dedicados ou "carregados" com um propósito específico, e usados apenas nesse contexto. É considerado extremamente rude tocar os instrumentos de um bruxo ou bruxa sem sua permissão.

O pentáculo - um pentagrama, estrela de cinco pontas, inscrito em um círculo - é um dos símbolos mais utilizados por praticantes para representar sua fé. É usado para representar 5 elementos componentes da natureza: Os quatro elementos clássicos - terra, ar, água e fogo - mais o espírito (às vezes chamado de akasha ou éter). Muitos Gardnerianos, no entanto, contestam essa atribuição. E quando às vezes utilizado de cabeça para baixo, é atribuído ao Deus Cornífero.

Os praticantes acreditam que cada um deve cultuar a(s) divindade(s) à sua própria maneira. Sem imposições ou leis escritas, mas com consciência em relação à cidadania, à auto-estima e à preservação ambiental, repudiando qualquer forma de preconceito e proselitismo, e incentivando a igualdade de gênero e a liberdade sexual.

A Wicca tem, como leis comuns, a Lei Tríplice, que dita a regra: "tudo o que fizeres voltará em triplo de volta para ti" (tanto de bom quanto de ruim) e a Wiccan Rede que dita: "Faça o que quiseres, desde que nada nem ninguem prejudiques" ou popularmente repetido como "Faça o que queres, desde que não prejudiques nem a nada nem a ninguém, nem a si próprio". A primeira ilustra bem a importância do número 3 em sua filosofia, também exemplificada nos aspectos da Deusa-mãe (virgem, mãe e anciã), e nos três graus iniciáticos de algumas tradições

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A História da Wicca


Wicca é uma religião neopagã baseada na crença da magia e filosofia da Europa antiga, como as grandes fontes de conhecimentos e os Panteões (conjunto de Deuses) dos Nórdicos, Romanos e Gregos... Porém, sempre se manteve o equilíbrio entre o masculino e o feminino... O inglês Gerald Gardner reascendeu a Wicca, junto com outros Bruxos, em meados dos anos 40 e 50, e embora essa "fundação" tenha ocorrido provavelmente na década de 1940, só foi revelada publicamente em 1954. Vale lembrar que a Wicca não foi uma Religião criada a partir do nada, e nem foi criada por Gardner, mas sim ressurgida da sobrevivência da Bruxaria Pagã adaptada ao mundo de hoje, A Neo-Bruxaria ou A Bruxaria Moderna, e à toda a ascensão do Patriarcado até a Idade Média. Veio a público somente nesse período pois a Bruxaria ainda era vista como crime até as décadas de 40 e 50 na Inglaterra. E depois do trabalho de divulgação e esclarecimentos realizado por Gardner, essa idéia de "crime" foi repensada e posteriormente extinta.

Desde seu renascimento, várias tradições da Bruxaria Wicca evoluíram ou foram criadas. A Tradição que segue os ensinamentos e práticas específicas, conforme estabelecidos por Gardner, é denominada Tradição Gardneriana. Além dela, muitas outras Tradições de Wicca se desenvolveram e também existem muitos praticantes de Wicca que não pertencem a nenhuma Tradição estabelecida, mas criam a sua própria forma de culto (ecléticos) ou que seguem por conta própria alguma Tradição já estabelecida aos Antigos Deuses, se denominando Bruxos Solitários. Podendo contudo participar dos "sabbats" e "esbats"com outros Bruxos Wiccanianos.

É importante frisar que a Wicca não é uma religião antiga, mas uma religião com bases antigas. A Wicca tem suas crenças fundadas no antigo Paganismo.

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